terça-feira, 26 de junho de 2012

Lâminas de que fujo

Vai, parte sozinha
Enquanto fico aqui
Engolindo restos nojentos
Putrefacção de toda a porcaria que fiz, 

Lâminas de que fugo
Até que pedra seja. Uma pedra estudantes
Vêmo-nos depois...

21 - Junho - 2012
PM

Eternidades Partilhadas

Vazio onde danço
Roda e roda até ao chão
Sempre tenho para mim paredes
Brancas, são espelhos de alegre loucura
É espantoso.
Espera! Vem comigo e sê rainha
Por umas horas roda comigo
Até ao chão.

Depois... Por agora dá-me
Forças que superem em amor
Vilão Vontades,
Rainha.
Rainha e rainha,
Que passa o nosso reinado de amizade
E cumplicidade
Prevalecer
Sobre desviantes tentações.

Possa aquele castelo ser nosso
Um dia
Em dias de independência
Anos de descoberta
Séculos de conquistas
Eternidades partilhadas
Segundos apenas deixados para trás
Num reino que nunca foi
Nem meu nem teu.

2012 - Junho - 19
PM

Cabo Verde I

Lava minhas chagas
Pelas esquinas da noite
Mas vem leve e emotiva
Que já me tens
Com esta dança
Criaste
Intermináveis luares.

Vem comigo
Engraçado como a liberdade
Sabe a longas corridas pela praia
Infantis brincadeiras
Para depois doerem os músculos
De euforia.

Que sejam felizes os teus caminhos.
Até já
Alma dos meus sonhos
Musa de rasurados labirintos
Espirito livre
Livre pelas praias
Que te pertencem por fascínio.

Coração ardente
De alma leve pelas ruas
Numa dança que não é deste mundo
Imortalizados segundos.

Esta castanha terra não é
Que uma rampa de lançamento
Sempre quente
Como onde cresceste.

2012 - Junho - 17

Vilão Vontades

Por vezes entra o vilão
Neste castelo
Olá velho amigo, como tens passado ?
E o sacana rouba-me a coroa
Num impulso de incompreensíveis alheações,

O filho da mãe alicia-me
Num abraço apertado
Onde nada se realiza e tudo se planeia,
Ladrão de vontades,
Fica a alma mas sem movimento nada será.

Mole no chão escorregadio
Que nem larva em casulo,
Rasga o linho ou deixa-me perdida em bosques
Melódicos e enganadores
De tudo o que nunca fiz,
De tudo o que espero ainda correr.

2012 - Junho - 15
PM

Incendeia este mar

Macacos numa jaula
Contra as grades, jovens sedentas
De mais do que não sabem,
Os passantes estranham entranhas revoltas.

Agitada confusa aula
Do que nunca entenderão,
Prazeres ocasionais
Nas ondas em que te afogas.

Pela longa ala
Leste de uma morte contínua
De não saber mais que suspensas
 Vontades, desejos e esperas

Pelo que virá
Se tudo correr como
O mapa que tracei
Para que me encontrasses
No pantanal de tranquilidades,
Esperanças,
Nervos de escarlates corridos pés,
Agitações em oceanos
Por onde talvez te percas.

E se isso é bom ou mau, decide tu.

2012 - Junho - 15
PM

Acerca de mim

A minha foto
Portugal
Como qualquer um vou lutando, maioritariamente comigo mesma.

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