segunda-feira, 30 de abril de 2012

I wonder if this kind killer can help the one who was killed ...

Por um caminho duplicado
Visão turva
Interferências claustrofóbicas.

Numa corrida cambaleante por linhas tortas
Alteradas perspectivas
Alteradas consciências, inconsciências
Fantasmas sedutores, memórias recentes.

Faz como te dizemos e ficarás bem
Mentiras brancas na minha mente
É uma fuga por onde não me encontro.
Poderá o assassino ajudar a vítima a recuperar da sua morte? 
Duvido ...

domingo, 15 de abril de 2012

Que morrem por mais

Anda minha criatura
Eu sou aquele que te conduzirá á loucura
Eu sou aquele que na escuridão te segura.
Como da boca das velhinhas:
Amor e pecado.

Deixa de lado parte da tua inocência
Que eu não te deixo
Perder a inspiração
Que eu não te levo
Para onde secas
Que eu vou levar-te
Onde as almas choram
Por mais
Onde as almas são
Do terrível flagelo dos incêndios florestais.

É ali que me rirei de todas
As pobres criaturas
Que morrem por mais
Que se arrastam de incoerência
Que se esquecem do alvo
Deliram por entre luares
De noites ansiosas
Por entre luares de repetidos
Suspiros pela eternidade
E ridículas contorções que implodem.

Rende-se.

E a criatura desmonta-se em mil
A uma velocidade alucinante
Desvia-se apenas por milímetros
De assustadas almas
Que não passam de criaturas como ela.

Numa alucinação frenética
Ela alarma-se como escarlate
Contínuo na sua corrida
Por entre gritos estridentes
Dos seus fantasmas.
E numa corrida ela
Vai tropeçando a cada pequeno
Insecto que lhe corrói os dedos dos pés
Aterrorizada quando passa pela esburacada terra
Negra do seu desconforto.

E ela foge
De gritantes alarmes
Espelhados em aliciantes odores
Foge até ele para nunca mais os querer largar.

Convulsões de sentir cócegas no pescoço
Olhar para trás e não ver ninguém
Sente escapar o razoável
Abraça rendida o bicho
Que a persegue.
Abraça aliviada a escuridão
Que a recompensa pelo fogo
Alucinante, dilacerantes correntes escarlates.

Rende-se
Perde-se.

Quero-me assim.

E é assim que eu me quero
A matar tudo e todos
Ficariam atónitos
Se me deixasse ir
Se encontrasse controlo no descontrolo
Se me lançasse como mil facadas
Numa corrente de me faltar
Mas prosseguir sobre tudo e todos.

Sobre as nuvens
Á velocidade de uma qualquer força incógnita
Que te incendeia
Que te faz procurar-me
Num jogo por mim imposto
Para te ter por perto
Em doces anseios te quero
Até que cedas
Até que encontremos finalmente o lugar.

Salvação
Da monotonia de te querer mais.

Não me revoltarei por mais
Espero pacientemente ...
Não, ansiosamente,
Admito.

Traz de volta a consciência

Num rodopiar do céu  por cima de mim
O chão que piso transporta-me
Em inconscientes voluntárias viagens.
Pausa e volta a reproduzir.
Morde o lábio num viver
Nervos de não querer
Deixar nada para trás.
Os mecanismos estão perros e rangem
Como rangem as roscas e dobraduras
E a flor  ganha roldanas
E o coerente torna-se incoerente
E quem quero diante de mim és tu.

Até ao osso estremeço
Sempre quis viver em liberdade
Sempre quis viver no ritmo
De uma fluência sem muros
Com caras sangrentas
Olhos cavernosos
Dedos sedentos por mais
Negros pesadelos.

Tenho uma nova missão:
Traz de volta a consciência.

Os aéreos são assim

Os aéreos são assim
Num minuto
Vestem-se de curiosidade
No outro
Estão já onde repentinamente são
Lançados pelos ares como pássaros excitados
Jovens pensativos com esperanças.
Deambular por lugares onde nos é
Apenas por minutos permitido desfrutar
Uma memória
Um desejo
Um anseio.
Apenas por breves aragens
Delirar em expectativas.

2012-Abril-13
PM

Ontem adormeci de pijama

Ontem adormeci de pijama
Numa cama que era nossa
Por entre lençóis que preferimos fora
Pelo calor em demais.
Caminhei pela casa enquanto não chegavas,
Desesperei de saudades de te ter nos braços,
Temi o dia em que não te ouso falar,
Em que os meus lábios morrem
Onde os pés falham o chão.

Hoje de manhã acordei com a
Tímida esperança de me cumprir
Destas possibilidades que não pretendo
Entender
Tudo o que gostamos juntas.

2012-Março-27
PM

Nunca longe, sempre pouco

Estes dias passam sem alma
Estes dias não me sabem de olhos abertos
São gritos espectantes na eterna espera
De ver passar as luas,
Noite após noite, de olhos cerrados
Na memória de a esperar.

Dar tempo ao tempo, diz-se.
Vale-me os segundos em que permaneces
Por perto num frenesim de muito seres.

Estes dias armam-se de determinações
Estes dias agarram-me ao solo,
São esperanças de prosseguir
Com ou sem ela, atingir
Metas há muito esperadas
Jovens estradas por percorrer.

Nunca longe, sempre pouco.
Perco-me por ti neste campo minado
Por querer calor de te segurar.

2012-Março-16
PM

Nada mais querer que tudo e tudo temer.

Num sussurro ela senta-se
Em paz de sentir passar o toque
Num interminável segundo um breve sorriso.

O corpo é veículo de meu sentir
De minha espera, fecho os olhos com a luz quente
De nada mais existir,
Este momento guarda num abraço o mundo inteiro.

De olhos postos no reflectido
Em nada mais querer que tudo
E tudo temer.

2012-Março-10
PM.

Dá-me um minuto

Dá-me um minuto
Espera de volta o meu momento
Colhe-o bem porque é esse
Um derradeiro.

Preciso de ti,
Para a Lua existe um céu
O prado para se estender
Jovens corpos jazem unidos.

Ouvi ler reis dos poetas portugueses,
Seus escritos sabem a sensualidade
Emersa em latentes palpites
Em alma que tudo tem e tudo quer.

Espero um dia dar-te
Aquilo que por palavras também eu recebo.

Ouvir a água que escorre
Vagarosamente em rosa quente,
Provar o cremoso do chocolate que derrete,
O áspero da madeira há muito arranhada
Por tentativas de proteção contra brisas,
Soltam vagas de suspiros
Em suaves silêncios trancados no segredo de quatro paredes.

2012-Março-6
PM

Insoniar.

Não, não me venham dizer para dormir
Porque neste momento desespero 
O calor de se estar inquieta sem saber razão. 

Não sei que agoniar é este no coração 
Que acelera num bombear de perdição 
De correr para nada encontrar. 

Acordo com o fado jamais ousar 
Entender estas noites de olhos abertos
Que não vêem verdades. 
Palavras de meu desconforto.

Antecipem-me pois chegarei oprimida
Esperem-me pois tentarei soltar
A minha embriagues de em mim encontrar conforto e liberdade.

2012-Março-5
PM

Imperfeições

Distâncias nesta corrida de viveres
Lutas com caneta em riste
Reverto a tendência incógnita
Deste recluso hábito de conter.

Quando o que persigo não é mais
Que um chegar onde o Luar respira
E o Sol aquece
Onde eu estou livre em mim
E estamos perdidas
Por dias
E semanas
E meses.

Mas os dias caminham
Em relaxados vagares
Constantes harmonias percorridas
Em lentas mas belas imperfeições
De viver cada momento em intermitentes
Confianças
Receios
Reencontros.

2012-Março-4
PM

Deusas Humanas

E é um andar desconsertante
Numa leveza em meio de respirar
Por entre curvas perdurar.

Por caminhos já percorridos,
Dão cores que sabem
A mal pintados alaridos.

E nesta imperfeição
Reinam num espaço de
Confusas intenções, determinadas em
Inconstantes humores.

Aqui somos perdidas, orgulhosamente amadas
Aqui sou perplexa nestes dias em que nada sei
Mas tudo sou.

Também nós andamos nestas pontes
Em certezas de sermos mais duas neste mundo.

2012 - Março - 4
PM

Acerca de mim

A minha foto
Portugal
Como qualquer um vou lutando, maioritariamente comigo mesma.

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